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POUCO DE TUDO

De tão pouco que de tudo vejo e dos gestos tolos, só há aflição. É que só um pouco realmente desejo, só este hábito de querer sua atenção. Do pouco que ouço mas nada escuto, só um sussurro vaga em meu coração. É só um pouco que resta disso tudo, só esta imagem, de seu, dizer não. E de todo tudo, que de você veio, um quase muito alivia minha solidão. De seu contorno , sem pedaços ou meio, vejo seu quase tudo... toda sua sedução. ROGERT@L 2013

Que me traga...

Ao vento ofereço meu sofrimento, que me leve ou ao menos essa dor. Que disfarce meu íntimo secreto sentimento, esta perda infinita, o carinho de um amor. Que depois me traga a felicidade, e me faça respirar bem mais aliviado. Traga ao menos um gesto, que seja de amizade, ou algo mais, como seu corpo de pecado. Que me iluda com seus gracejos, revelando em mim um poder misterioso. Marcando-me no peito de desejos, permitindo que eu seja um amante curioso. Que traga enfim somente a felicidade, perdida até então eu te reencontrar. Neste seu modo de agir, com uma vontade, que em ninguém vi...ninguém que pude amar. R@gertal 2012

RECOMEÇAR

A alegria agora se despede, sem nunhuma dó e sem aviso. E sem compromisso com a vida por si só, triste... desparece! No ar, uma desculpa acontece. Um querer mais do que o existir. Faz achar de que só com um partir, resolve esta culpa que entristece. Da cicatriz deixada tiro proveito. Os seus conselhos, eu bem que aceito. Não ser assim tão fraco, desejo. Alcançar o grande e pleno amor. Só haverá uma escolha neste desafio e tudo poderá então ser modificado. Mas por sentir-se assim muito culpado é que me escondo sozinho neste vazio. E agora tenho essa grata certeza, que me faz ficar feliz, mas calado. A de que em sonhos vejo com clareza, as cores de você, sempre ao meu lado. R@GERTAL_2012

PLATAFORMA

Este trem que logo ali te espera, nesta plataforma talvez sua sina. Corra e suba logo linda menina! Não o deixe partir como na primavera. Caminhe rápido em sua direção, sem nenhum medo, esteja confiante. Não deixe que ele assim te desaponte, ouça somente a voz de seu coração. Entre logo ali no seu doce movimento. Neste vai e vem constante, seja corajosa! Segure bem firme em seu pensamento. Voce sabe bem, sempre foi vaidosa. E quando chegar bem próximo da estação, pule logo sorrindo sem olhar para trás. Siga em frente... E não se volte jamais, Não estarei lá pois nunca entenderão. R@GERTAL_2012

E AMANDO...

Vejo a lua por sobre o pano, em noite fria de muita garôa, meu pensamento agora vaga insano, destilando idéias, rindo à toa. Canto ao vento um grande desejo, o de não viver secretamente. Poucos entendem o que almejo, ou desejam a isto completamente. De uma alegria eu absorvo, o que para muitos não existe, um amor lindo, leve e solto, que me livra desta vida triste. O que para alguns é só bonito, eu vejo muito alem desta harmonia. Escondo o medo e bem alto grito, para todos ouvirem minha poesia. E que este meu eterno descontrole, não mate nesta noite este lindo luar. Que venha a chuva e assim me console, pois não viverei sozinho sem este amar. by R@gertal 2011

SOFRIMENTO

Meus gestos soltos ao vento, tenta inutilmente te prender. Estou fraco e não mais tento, sem forças, para nos resolver. Não consigo tão perto te ver, os pensamentos acabam, se vão. Alimentando mais este cruel prazer, que golpeia forte o meu coração. Se vou ao teu encontro, é como mágica, fico sozinho, não posso assim me conter. Não tenho mais nada, somente uma trágica novela de poucas palavras para te oferecer. Se fico calado, ouço ruídos. Vozes tentando me conter. Medos vagos o peito possuído, meu orgulho agora, prestes a morrer. Então, não sofro mais nesta hora, pois posso esperar ansioso o anoitecer. Sonhando com você indo, enfim, embora pois sei que um novo sol irá um dia acontecer. R@gertal 2011

DE TUDO, TÃO POUCO

De tudo se tem um pouco. Da atenção, a imortalidade, da criação, uma saudade. De um grande amor, a traição. Do nada se obtêm a tristeza. Do aflito, a confiança, de um conflito, a esperança. De um olhar, a sua beleza. E de tudo que não é proibido, meu vazio mostra-se confuso. Intromete-se como um tolo intruso, tentando não mais ser constrangido. Fico então assim esperançoso e absorto fingindo a alegria que vivo neste desconforto, consumindo bem aos poucos meu inquieto dia, e também as tristes e poucas palavras desta poesia. R@gertal 2010